As chamadas canetas emagrecedoras ganharam destaque em 2024, emergindo como uma das principais tendências no setor farmacêutico.
A Eli Lilly, uma das gigantes da área, conquistou um significativo lucro líquido de US$ 4,4 bilhões no último trimestre do ano.
Este montante representa um aumento de 101% em comparação com o trimestre anterior. No acumulado anual, a Eli Lilly anunciou um lucro líquido de US$ 10,5 bilhões, crescendo 102% em relação a 2023.
Vendas das Canetas Emagrecedoras Abaixo do Esperado
Apesar do forte resultado financeiro, as vendas dos medicamentos de emagrecimento, Zepbound e Mounjaro, ficaram aquém das projeções do mercado.
A receita no quarto trimestre foi de US$ 13,53 bilhões, ligeiramente abaixo dos US$ 13,57 bilhões esperados por analistas.
Mesmo assim, houve um aumento de 45% em comparação ao mesmo período do ano passado, refletindo uma forte demanda, porém, com desafios na capacidade de oferta.
A popularidade das canetas emagrecedoras forçou a Eli Lilly e a rival, Novo Nordisk, a investir bilhões para aumentar a capacidade de fabricação dos tratamentos. — Especialista do Setor
Desafios e Projeções do Mercado
A Eli Lilly enfrenta desafios com a disponibilidade de estoque, impedindo que a demanda total seja atendida.
O medicamento Mounjaro, por exemplo, gerou US$ 3,53 bilhões em receita no último trimestre, abaixo dos US$ 3,62 bilhões esperados.
O Zepbound também não cumpriu as expectativas, registrando vendas de US$ 1,91 bilhão em vez dos US$ 1,98 bilhão esperados.
Os resultados da empresa, apesar de mistos, ainda superaram expectativas preliminares divulgadas em janeiro.
Concorrente em Ascensão
Em contraste, a concorrente dinamarquesa Novo Nordisk apresentou resultados que superaram as expectativas do mercado, com um crescimento de 25% em sua receita para 2024, atingindo US$ 40,5 bilhões.
Os medicamentos Wegovy e Ozempic foram fundamentais para este sucesso.
No entanto, a Novo Nordisk antecipa um crescimento moderado em 2025.
Expectativas para 2025
A Eli Lilly revelou projeções para o ano fiscal de 2025, com expectativas de lucro líquido entre US$ 22,05 e US$ 23,55 por ação, e vendas entre US$ 58 bilhões e US$ 61 bilhões.
A farmacêutica investe em pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos, incluindo medicamentos para distúrbios do sono, e está aguardando os resultados dos testes de fase III do Orforglipron, uma potencial opção em pílula para seus tratamentos de perda de peso, esperada para 2026.